quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Educação Ambiental


À Deriva
por Solange Kono

Andar a deriva é andar com um olhar atento, percebendo as sensações e emoções que o local nos desperta, observando a paisagem visual, sonora, aguçando os sentidos, ampliando nossa percepção para receber esses estímulos conscientemente e registrar em nossa memória essa vivência.
         Formas, cores, sons, odores, lembranças e histórias vão sendo despertadas enquanto caminhamos. Um andar despreocupado com o tempo, procurando imagens, pistas sobre o que aconteceu neste lugar.
         A descoberta encanta e faz com que a curiosidade aumente, encontram formas variadas e registram, levando consigo os fragmentos de um lugar.
         Uma moto serra corta o som dos risos e traz lembranças de um passado bem próximo... Ali era uma chácara onde havia muitos eucaliptos.
         Sentimentos de alegria, tristeza, indignação, medo, compaixão, saudade nos invade, chegam e se vão.
         É preciso permitimo-nos ser um errante urbano, experimentando os lugares que percorremos, só assim descobriremos sentido e vida nos espaços de nossa cidade.
                Enquanto estivermos correndo para acompanhar o ritmo frenético que nos absorve não conseguiremos perceber o que acontece no presente, pois estaremos sempre atrasados para alcançar o futuro.






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